EDGAR SILVA
9.ª Edição, 2017-2021
O fascínio pela viagem
Foi cativante a possibilidade de estudo e inserção em diferentes instituições universitárias irmanadas por objetivos comuns de investigação nas áreas da História, em parceria interuniversitária, dos docentes, das memórias e dos territórios, das redes de contactos e dos recursos bibliográficos.
Tive o privilégio de integrar um grupo de trabalho com colegas de curso que desenvolveram uma rara cooperação e solidariedade. Tive a oportunidade de contar com a mestria do acompanhamento da investigação científica.
Concluído o projeto de estudo e realizadas as provas de doutoramento, reconheço que o PIUDHist lançou um exigente processo de crescimento humano e de maturação intelectual. Nesta viagem foram especialmente significantes a dialética das ideias, as questões da História e da problemática hermenêutica. Esta fascinante itinerância correspondeu a uma oportunidade de diálogo cultural, reflexão e de aprendizagem da História.
ANDREIA FIDALGO
6.ª Edição, 2014-2018
Quando ingressei no Programa Interuniversitário de Doutoramento em História – Mudança e continuidade num mundo global, em setembro de 2014, estava longe de imaginar que então se iniciaria um dos períodos mais desafiantes e, simultaneamente, mais gratificantes da minha vida, no que respeita ao meu crescimento académico, profissional e pessoal.
Deparei-me com uma equipa interinstitucional de elevada qualidade científica, muito diversa e multidisciplinar, cujo acompanhamento dedicado ao longo de toda a formação foi absolutamente crucial para concluir esta etapa com sucesso.
É um programa doutoral de excelência – motivo pelo qual, precisamente, o escolhi –, que exige que alcancemos esse nível logo a partir do primeiro instante. No primeiro ano curricular, os seminários frequentados foram essenciais para o desenvolvimento da reflexão crítica e para a abertura de novas e enriquecedoras perspetivas historiográficas. Nos anos seguintes, o progresso da investigação foi cuidadosamente supervisionado pelos seminários de acompanhamento e por uma orientação cuidada e escrupulosa, que muito me tranquilizou nesse grande desafio que é redigir uma tese de doutoramento.
Este programa doutoral foi decisivo para moldar as minhas competências, perfil e padrões de exigência enquanto investigadora e docente. Findo o percurso, não hesitaria, hoje, em voltar a escolher o PIUDHist.
FRANCISCO HENRIQUES
6.ª Edição, 2014-2018
Inscrevi-me no PIUDHist com o desejo de realizar o doutoramento depois de ter estado alguns anos afastado da vida académica. O Programa oferece uma experiência única em Portugal. Desenvolvi o espírito crítico sobre o meu trabalho num ambiente estimulante de permanente discussão sobre diversos temas e períodos cronológicos. O PIUDHist cria um diálogo profícuo com os principais debates historiográficos do presente. Recordo-me, por exemplo, de discutir a obra de Thomas Piketty sobre a desigualdade global, ou de assistir a uma palestra de Sanjay Subrahmanyam. O PIUDHist deu-me ainda a oportunidade de pertencer a uma comunidade internacional de alunos, professores e investigadores. Por ser interuniversitário, o Programa permite-nos uma abordagem plural e heterodoxa das práticas da História sem estarmos confinados à tradição de uma só instituição.
Recordo o doutoramento como um período de inquietação e difícil gestão de expectativas, com uma incessante procura pela originalidade. Terminada a minha formação, desempenhei funções como diretor científico de um grupo económico e sou professor convidado na Universidade de Coimbra, onde leciono História Económica e Empresarial.
JOSÉ RAIMUNDO NORAS
4.ª Edição, 2012-2016
Durante a licenciatura, envolvi-me na organização dos Encontros Nacionais de Estudantes de História, e neles, vários colegas, em especial o Bruno Lopes (3.ª edição), falaram-me do PIUDHIst. Pareceu-me especialmente atrativo. A componente curricular em Lisboa, (perto da BN e da Torre do Tombo), a possibilidade de contatos com vários professores cuja obra conhecia (orientador, de entre outros), bem como os melhores custos da formação, influíram na escolha.
O curso foi sempre motivador. Os seminários de acompanhamento estimulam-nos, permitindo diálogos muito ricos entre cronologias e projetos poliédricos. A equipa das várias instituições foi vital no apoio à candidatura que possibilitou uma bolsa FCT, bem como presenças financiadas em colóquios internacionais.
As aprendizagens e trocas de saberes traduziram-se no meu crescimento como investigador e numa valorização no meu trabalho, em programação cultural e na formação. Foi-me possível criar um ritmo de publicações regular nas vertentes académica e profissional.
A conclusão da tese abriu caminho a atuais funções com uma vertente 80% de investigação e apoio técnico a outros projetos, bem como convites externos de vária ordem, em diferentes áreas. Guardo dos colegas, dos docentes, excelentes memórias, fundamentalmente o engenho, o espírito de equipa e a dedicação ao nosso ofício de historiardores(as).
LOURENÇO PEREIRA COUTINHO
4ª Edição, 2012-2016
Depois de ter concluído a licenciatura em História, em 1997, estive por vários anos afastado da vida académica. Durante este tempo, fiz o meu percurso profissional noutras áreas, mas mantive a ligação à História, nomeadamente através da sua divulgação em cursos livres e palestras e, também, de certa forma, da escrita de ficção que tenho produzido.
Em 2012, senti necessidade de consolidar conhecimentos, adquirir novas competências e, também, de iniciar um percurso exigente que avaliasse a minha aptidão para aprofundar o meu trabalho na área. A decisão de candidatar-me a um programa de doutoramento em História resultou, pois, e antes do mais, de um desafio pessoal. Após ponderação demorada, optei por candidatar-me ao PIUDHist, isto pela amplitude e flexibilidade conferida pelo seu carácter interuniversitário. Também, esta decisão foi motivada, tanto pela oportunidade de ter por professores os especialistas de cada uma das universidades que integram o programa, como pela possibilidade de ter aulas em diferentes instituições.
Os meus anos de aluno do PIUDHist foram exigentes e gratificantes. A competência, generosidade e riqueza humana de professores e colegas tornaram este tempo particularmente enriquecedor. No meu caso, o PIUDHist revelou-se uma mais valia na minha vida profissional. Sobretudo, deu-me as condições para poder, como queria, aprofundar a minha atividade na área da História, tanto a nível académico, quanto da sua divulgação para o grande público.
JOANA PONTES
2.ª Edição, 2010-2014
Sempre estudei durante toda a minha vida. Licenciei-me em psicologia, estudei cinema e jornalismo político. Como realizadora e autora de documentários sobre a época contemporânea, posso dizer que a História esteve sempre presente no meu percurso ainda que de maneira informal.
Um dia vi na imprensa o anúncio da 2ª edição do PIUDH. Senti que era o momento de voltar à escola. Inscrevi-me, fui admitida e comecei o primeiro ano com grande expectativa. Éramos um grupo de alunos muito diferentes: uns vinham de história, outros não; as idades eram variadas e os percursos individuais distintos; uns chegavam de fora, Paris, Braga, Setúbal, outros de Lisboa e arredores. Os temas, as épocas e os objetivos eram, também, diferentes. Parecia um grupo sem pontos de contacto. No entanto, todos nós, por via dessas diferenças, tivemos a possibilidade de espreitar pela janela que cada projeto nos abriu. Este alargar de vistas, sobretudo no 1.º ano, foi extremamente enriquecedor.
No 2.º ano fomos amparados pelos Seminários de Acompanhamento. O caminho da investigação é um caminho solitário. Mas nunca foi um caminho de solidão. Ao grupo, diverso, mas coeso, juntaram-se orientadores e professores, iluminando o caminho que, afinal, percorremos juntos.
Após a conclusão do PIUDH tive oportunidade de editar em livro uma versão da minha investigação, premiada pela Academia Portuguesa da História. Em jeito de balanço direi que ter estado no PIUDH me permitiu ter mais mundo, com tudo o que esta expansão implica. E, não menos importante, ficar com amizades para a vida.
RUTE RAMOS
1.ª Edição, 2009-2013
Fui aluna da primeira edição do PIUDHist. A expectativa era muita, tudo era novidade, para mim e provavelmente para todos os colegas e professores! Depois da Licenciatura na Universidade de Coimbra e do Mestrado na Universidade Nova, decidi enveredar pelo desafiante projeto de doutoramento. O que mais recordo de me encantar? Era agora, aluna, de quatro grandes instituições (Universidade de Évora, Universidade Católica Portuguesa, ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Universidade de Lisboa), que me proporcionaram uma multiplicidade de recursos e o contato com professores, académicos de renome que com entusiasmo abraçaram o projeto que então se iniciava. Desta jornada, ficaram sobretudo os colegas, as experiências, as partilhas e troca de conhecimentos. Nem tudo foi fácil, o percurso foi longo, demasiado longo…, o tema era ambicioso e o trajeto sinuoso. Valeu o esforço, a muita dedicação e uma orientação respeitosa, cuidada e exigente. No fim, ficou um orgulho imenso e um profundo agradecimento a todos quantos fizeram desta experiência, uma das melhores da minha vida!